Porque vou eu para casa,
se lhe sei todos os cantos,
todos os quartos,todos os cheiros,
todos os segredos da calçada.
Se sei de todas as árvores do meu caminho;
se as estrelas,sempre as mesmas estrelas,me espreitam
como guardas nocturnos,assasinos,olheiros;
se sei tudo isto de cor,e até os latidos;
e até se as lareiras estão em brasa...
Porque vou eu para minha casa?
Porquê,se quem lá mora não é o que era?
O íman já não existe,
e o íman da atracção desfez-se
Aquilo que foi,transfigurou-se
Discursos,perguntas e respostas recalcadas,
insinuações em esgares deprimentes,
e o apelo é um calafrio de sedução ausente.
A minha casa,é vazia de espectância
Se tudo se tornou roliço,se não há feitiço.
Porque vou rumo á minha casa ?
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“Os tempos mudaram, os tempos estão estranhos
ResponderEliminarEstás de volta mas não és mais a mesma"
Beijo com ternura